sábado, 25 de dezembro de 2010

Carta ao Pai Natal


Na quadra festiva do Natal fazemo-nos transportar no tempo até áquela fase da nossa infância. Belos tempos, aqueles em que somos crianças e que nos comportamos como crianças.
Não conhecemos o futuro porque ainda não passámos por ele. Todas as coisas têm um ar belo, a luz do dia e o escuro da noite, transmitem-nos momentos de pura felicidade em cada acto que cometemos.
E nessa idade realizamos tantas coisas. Todos os dias aprendemos coisas novas e vivemos cada dia com deslumbrante entusiasmo.
Todas as pessoas são boas, mesmo maravilhosas. Elas sorriem para nós, passam-nos a mão pela cabeça, dizem-nos palavrinhas simpáticas e apesar de fazermos algumas maldades, continuam a gostar de nós.
Até aquele senhor já velhote, com cara de poucos amigos, que não gostava que jogássemos à bola em frente da sua casa, até esse, de vez em quando, vinha à rua ver as crianças brincar, a tentar dizer-nos que ele também era simpático.

Pelo Natal, as pessoas são ainda mais carinhosas com as crianças. As crianças esperam ansiosamente as prendas que sabem que chegam nesta quadra natalícia.
No nosso tempo, acreditávamos piamente que o Pai Natal descia a chaminé e colocava as prendas nos nossos sapatinhos. Queríamos ser grandes, pois julgávamos que quanto maior fosse o sapato, maior era a prenda. Eram as ilusões de criança, próprias da nossa idade, pois éramos na realidade crianças e como tal, tínhamos imaginação de criança e não sentíamos falta de outras coisas . Apenas desejávamos ser crianças com comportamentos de crianças.

Nunca escrevi ao Pai Natal para fazer o meu pedido de prendas, pois acreditava que ele sabia escolher e todos os anos havia de trazer-me sempre a melhor prenda.
É o primeiro ano que estou a escrever ao Pai Natal e, lembrando-me dos meus tempos de infância, quero fazer-lhe o meu pedido, pois ainda hoje continuo a acreditar que o Pai Natal nos dará tudo aquilo que lhe pedirmos desde que acreditemos no nosso pedido e que o queremos utilizar na vida.
Para este Natal, vou fazer o meu pedido porque acredito que pode ser possivel, que as pessoas não se esqueçam da criança que têm dentro de si. Nós somos os mesmos daquele tempo quando éramos crianças. Sabemos que ser criança é maravilhoso, só lhe devemos acrescentar a nossa experiência de vida. Um adulto é o conjunto daquilo que foi em criança, acrescido do que aprendeu, enquanto viveu a sua juventude. Um adulto é uma criança e um jovem no mesmo corpo.


Vou pedir também ao Pai Natal que as pessoas não sintam solidão, não vivam solitárias, mesmo vivendo no meio de multidões. Temos tendência a isolarmo-nos, esquecendo que os outros pensam o mesmo que nós, o que mais desejamos é ser sociáveis, sermos aceites.


Vou pedir ainda ao Pai Natal que as pessoas influentes, responsáveis pelas empresas e entidades públicas e privadas, aqueles que têm o poder, abram as portas áqueles que tendo ideias e talento para as colocar em prática, estão à espera de uma oportunidade para se sentirem úteis e realizados.


O capital humano é a riqueza mais valiosa que um país tem como activo, que ele seja reconhecido em todos por igual.


Obrigado Pai Natal! Conto com a tua generosidade, conta também comigo para fazer a minha parte !

Sem comentários:

Enviar um comentário