sábado, 11 de dezembro de 2010

Oportunidades e Prioridades


Marquei presença, há uns anos atrás, num encontro de marketing de colaboradores de uma marca de produtos de nutrição que tinha como tema, a motivação das pessoas para o crescimento do seu consumo e da sua rede promocional.

Foi um convite pessoal feito por pessoas amigas, onde eu aprendi muitas coisas. Em tudo onde estivermos presentes, sempre se aprende alguma coisa e foi com essa certeza que eu me desloquei cerca de 150 Km, paguei a minha inscrição e lá estive.

Um dos ensinamentos maiores que aprendi foi ficar a saber que devemos aproveitar todas as oportunidades, mas todas mesmo sem excepção, todas as oportunidades que a vida a toda a hora nos propõe. Normalmente por cada oportunidade, inventamos trinta desculpas que nos impedem de decidir sobre ela e que nos leva a perder uma grande parte das muitas oportunidades que nos são oferecidas pela vida.

A partir desse dia, é ponto assente, que irei a todas. Quando alguém me convida para estar presente seja onde for, a resposta é sempre sim e dada no momento presente, não vá a oportunidade voar para outro lado. Salvam-se as excepções de quando não temos possibilidades técnicas para marcar a nossa presença.

Aprendi que cada oportunidade que a vida nos propõe, é um motivo a menos para nos queixarmos de não termos sorte na vida.

A todo o momento estamos a receber “montes” de oportunidades. A vida oferece-nos abundantemente, em forma de oportunidades, os meios para sobrevivermos, para nos realizarmos, para sermos felizes. Na mesma proporção vamos recusando a maior parte dessas ofertas de oportunidades porque não temos “mão” para receber tanta coisa que a vida constantemente nos está a dar; como o trabalhador que tem de apanhar da passadeira rolante os produtos de que está incumbido, mas que devido à abundância e à rapidez com que estes passam por si, deixa a maior parte ir embora sem retirar nem sequer a sua parte.

Precisamos de saber respeitar as nossas prioridades no que toca à abundância de oportunidades que batem à nossa porta. Precisamos de aprender a escolher. Em cada momento é preciso decidir se ficamos com o trigo ou se preferimos o joio.

A maior parte das vezes não escolhemos as melhores oportunidades porque demoramos muito tempo a decidir escolher seja o que for e quando pretendemos esta ou aquela coisa, já alguém mais rápido do que nós a pegou.

Não somos menos espertos que aqueles que conseguem atingir os seus objectivos, somos sim mais lentos a decidir se queremos ou não alcançá-los. Os que têm mais “sorte” do que nós são aqueles que se queixam menos e trabalham mais, aceitando todas as oportunidades que a vida lhes vai propondo, decidindo mais rápido qual delas desejam para si.

Oportunidades são ocasiões favoráveis que nunca devemos recusar, antes porém, estarmos abertos a todas elas e vermos em cada momento, em cada passo, em cada acontecimento da nossa vida se não está ali a nossa oportunidade. Pode ser aquela que tanto andamos à procura e que muito ambicionamos, mas que por vezes, por lentidão do nosso acto de decidir, jogamos fora.

Um dia, em visita a um amigo que vivia num edifício de vários apartamentos, reparei que só caixa do correio dele permitia a entrada de publicidade. Em resposta ele me afirmou que em tudo está uma oportinidade, não posso recusar aquelas que, ao acaso, me chegam à mão sem eu as ter pedido, essas, disse ele, são as verdadeiras oportunidades, apenas tenho de saber escolher as minhas prioridades.


Carlos Brito

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