sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tolerância e Serenidade


Ao lermos as páginas dos jornais e ouvirmos os diversos noticiários na rádio ou televisão deparamo-nos com as maiores cenas de violência que todos os dias assolam o mundo.

Cada pessoa é uma bomba relógio, nunca sabemos quando chega o momento de ela poder explodir. Dantes só um tipo de pessoas, as de menor nível social, eram rotuladas de violentas, nos nossos tempos não se sabe quem poderá de repente virar um vulcão.

Quando as entidades oficiais e outras com interesses similares tanto se preocuparam com a gripe A e com outras doenças, estão a esquecer-se de outros casos que não matam de repente, mas vão matando lentamente e tornando inválidos uma grande parte da humanidade já que uma pequena parte soube-se atempadamente colocar estrategicamente imune, é o caso da praga do século XXI: a nova depressão.

Esta nova depressão, pode ser classificada em depressão económica, crise generalizada da economia ou também em depressão física e psicológica que se traduz por sintomas de abatimento, desânimo, esgotamento e consequente enfraquecimento físico e moral.

Esta praga poderá ser a pior das doenças se não forem tomadas as devidas precauções. Eu chamo-lhe nova depressão porque tem novos sintomas. Ela vai-se espalhando a partir das pessoas mais fracas e irá contaminar as de nível de escalão imediatamente superior que irão sendo vítimas desta praga e em relativamente pouco tempo irão fazendo parte do grupo de pessoas mais fracas.

As entidades competentes nada estão a fazer perante o avanço desta terrível praga que, cobardemente, está a atacar todos aqueles que não estão providos das defesas necessárias para se protegerem dessa praga.

É preciso urgentemente regular e vigiar atentamente a acção que está a desencadear toda esta onda da nova depressão.

Não sendo eu especialista nem responsável pelo controlo desta praga, posso chamar a atenção de quem tem essa responsabilidade que existe no mercado um conjunto de vacinas mas que não estão a ser administradas a quem delas tem necessidade e que é tomada em duas doses. A primeira dose chama-se tolerância, aconselhando-se sempre a toma da segunda dose que tem o nome de serenidade.

Com a injecção destas duas vacinas, a tolerância e a serenidade, nas pessoas já infectadas ou em condições propícias à infecção, os sintomas da praga da nova depressão diminuirão drasticamente e o seu portador sentir-se-à de imediato capaz para seguir a sua vida normal e regressar ao trabalho.

Os tomadores destas vacinas depois de considerados aptos para a vida activa, social e profissional, contribuirão para o fim desta praga que teve origem numa crise de valores que muitos ainda teimam em chamar-lhe de financeira.

Quero felicitar e dar os meus votos de confiança e solidariedade a todos aqueles que no exercício da sua actividade e no melhor desempenho do seu trabalho foram afectados por situações financeiras irregulares que de forma traiçoeira os apanharam no seu percurso da vida. Estas pessoas que estão indefesas e sem qualquer protecção, encontram-se ao sabor das vontades daqueles que, sem escrúpulos, a toda a hora, os vão “matando” sem qualquer dó nem piedade. Esta “matança” está ser feita em praça pública, à vista daqueles que, podendo impedi-la, fingem que nada está a acontecer.

Muitas dessas vítimas já morreram, outros para lá caminham ou estão a ficar inválidos e outros ainda, não aguentando tanta pressão, estão a deixar tudo para trás em busca de soluções e novas formas de vida.

Como qualquer fenómeno não previsto, não sendo esta crise directamente provocada pelas suas vítimas, o mais sensato que poderemos pedir aos que sofreram os prejuízos é que procedam com elas com a devida TOLERÂNCIA e que as vítimas encarem a crise com SERENIDADE.


Carlos Brito

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