domingo, 12 de dezembro de 2010

É preciso acreditar


Os temas sobre motivação e valorização pessoal são motivo de paixão para quem tem o desejo de viver uma vida diferente daquela que normalmente nos colocam pela frente.

Todos pretendemos atingir determinadas metas ou objectivos por mais simples que sejam. Uns apenas desejam ter trabalho e assim desta forma, obterem um rendimento que lhes permita sobreviver. Desde que chegue para a comidinha, para o café e para o tabaco, tudo bem. Para os filhos também há-de chegar sendo bem esticadinho. Agora, como a moda é ter poucos filhos, talvez não haja problema de maior e se tivermos o tal “trabalhito”, os objectivos serão conseguidos.

Outros, porém, não têm metas ou objectivos tão simples. Estes sabem que existe à sua volta, uma área de 360 graus para “desbravar”, conhecer e nela penetrar. Esse espaço, o espaço de cada um de nós, onde pensamos, onde nos movimentamos e onde exercemos a nossa cidadania, é um espaço público ao qual temos direito próprio, pelo facto de termos nascido.

Muitas pessoas não têm ainda consciência qual é a parte desse espaço que ocupam, qual é o seu lugar e nem sequer repararam ainda que esse espaço existe.

Os humanos, ao contrário dos outros animais, podem ir além das acções que lhes são indicadas pelo seu instinto e não se limitarem apenas ao chamado efeito de “instinto/acção”. Para que tal aconteça temos de conhecer o lugar que ocupamos. Mas só o conseguimos fazer se, além de trabalharmos para sobreviver, também pensarmos sobre quais são os nossos objectivos de vida e quais as metas que queremos ultrapassar.

Sair-se bem em qualquer situação, ter coragem para arriscar e ser mais interventivo na vida profissional e social, são algumas das metas que, de certa forma, todos procuramos alcançar.

No entanto, muitas vezes e em determinadas situações, somos invadidos por inseguranças e medos de errar; receios de não sermos aceites pelos outros; de não conseguirmos realizar uma determinada tarefa ou fracassarmos por qualquer outro motivo.

Se pensarmos sempre desta forma, na parte negativa da vida, nunca conseguiremos fazer aquilo que mais desejamos. No lugar de pensarmos nestas inseguranças, medos, receios, fracassos, etc., por que não pensar antes nas coisas boas da vida e estar nela, mas do lado positivo?

É muito importante “trabalharmos” a nossa valorização pessoal que nos irá motivar, dar confiança e segurança em nós próprios. Quanto mais nos  valorizamos mais optimistas nos tornamos, olhamos a vida com mais ânimo e sentimo-nos mais realizados.

Sentirmos motivação através da nossa valorização pessoal é muito importante para o nosso bem estar, mas qual será, então, a melhor forma de nos valorizarmos?

A primeira etapa é a mais dificil, o que leva a que muitas pessoas nunca consigam, sequer, entrar nela. Devemos começar por saber quais são na realidade os nossos objectivos de vida. Se estamos a viver a vida que desejamos ou se estamos a passar ao lado dela. Se estamos a fazer tudo o que conseguimos ou fazemos apenas aquilo que é normal os outros fazerem.

Se tivermos consciência dos nossos objectivos e metas e daquilo que somos capazes de fazer, então já conseguimos ultrapassar a primeira etapa, a mais dificil. Muitas pessoas preferem não ter consciência dessa realidade e seguem pelo caminho mais fácil. Por esse caminho nunca nos aborrecemos, levamos a vida numa boa, nunca ninguém chateia, mas acabamos por deixar de viver a nossa vida para vivermos a vida dos outros.

Os que decidirem passar para a segunda etapa, vão conseguir ultrapassar as suas metas e os seus objectivos e para isso apenas basta sentirem dentro do peito e dizerem: EU QUERO!

Já decididos, escolhemos o caminho mais dificil. Nele encontraremos muitos obstáculos que nos irão testar se é mesmo por ali que desejamos passar. Para os ultrapassar teremos de responder a quatro perguntas que nos vão aparecendo ao longo da caminhada: O quê? (o que é que pretendemos da vida); Como? (como iremos fazer para conseguirmos o que queremos); Quando? (quando devemos fazer aquilo que desejamos); Porquê? (qual o motivo que nos fez escolher o caminho mais difícil enquanto tantos outros escolheram o caminho mais fácil)

Nós somos e seremos aquilo que acreditamos ser. Podemos acreditar que somos capazes, vencedores, optimistas e eficazes na vida ou então que somos preguiçosos, pessimistas e até mesmo incompetentes. Cabe a cada um de nós acreditar naquilo que realmente é e no que é capaz de fazer.


Carlos Brito

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