sábado, 11 de dezembro de 2010

A Lagarta e a Borboleta


Vou contar uma história que muito me entusiasma, a aplicação às pessoas da história da metaformose da lagarta que depois de passar algum tempo fechada num casulo, ganhando asas se transforma depois numa linda borboleta que a todos encanta pela sua beleza e pelas voltas que dá percorrendo jardins, bosques e pradarias, nunca parando em lugar certo.

Esta sua “viagem” parece incitar-nos a que façamos também o mesmo, que deixemos de ser simples larvas e que a partir de certo período da nossa vida que passemos a ser borboletas e possamos caso seja necessário, correr o mundo em busca da nossa felicidade.

Esta história também nos alerta para o facto de, a tantas e tantas dessas "borboletas" humanas lhes sejam cortadas as asas e com essa operação cuidadosamente preparada por forças estranhas à lei da natureza, uma grande parte delas volte à situação de larvas e passem a rastejar novamente pela lama e por caminhos invisíveis, escondidas de um mundo que é seu por direito próprio, mas que lhes é vedado por “alguém” que não lhes permite voar.

O meu alerta aqui é que cada um de nós tente escapar com todas as suas forças à terrível castração das sua belas asas e no caso de não conseguir escapar a tamanha mutilação que não desista, de forma alguma, das suas asas, pois elas voltarão de novo se soubermos, com astúcia, persistência e essencialmente com a ajuda solidária de quem já passou pela mesma condição, não se calando, nem se deixando entrar pelos caminhos da solidão e da depressão.

Esses caminhos são auto-estradas que nos convidam por elas entrar e mesmo pagando pesada portagem nos desviamos dos nossos verdadeiros caminhos, aqueles que sendo secundários, são mais difíceis de encontrar e menos conhecidos, pois quem os projectou fê-lo com a intenção propositada de seguirmos a nossa marcha pelo mais fácil e pelo mais visivel em direcção a um destino onde as nossas asas serão cortadas

Carlos Brito

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